domingo, 28 de setembro de 2008

Plano Individual de Estudos



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Aprendizagem na Vida Adulta


Jean Piaget nos coloca que o período das Operações Formais é quando se dá o desenvolvimento da capacidade para construir sistemas e teorias abstratas. Do pensamento concreto, sobre coisas , passa para o pensamento abstrato, "hipotético-dedutivo", isto é, o indivíduo se torna capaz de chegar a conclusões a partir de hipóteses.
Como experiência própria ,certa vez, realizando estudos em uma das interdisciplinas do PEAD, encontrei-me em situação de muita insegurança e bastante confusa nas minhas idéias em relação a um assunto proposto. Em conflito com minhas hipóteses formuladas, pedi auxílio a professora que então disse-me:
"A verdadeira mudança causa essa sensação de insegurança. É como se nos faltasse o chão. Dúvidas permanentes e certezas provisórias são o segredo da verdadeira aprendizagem. Não te preocupes logo estarás sentindo-se segura novamente". (Marlusa B., 2008)
Ao ler as palavras da professora, através do correio eletrônico, pude compreender perfeitamente como estava acontecendo comigo o processo de abstração e compreensão, enfim, de aprendizagem, e consequentemente como ela ocorre em nós adultos.
Adquirir conhecimentos, como aluna do PEAD, está sendo uma experiência marcante onde consigo perceber realmente como está ocorrendo em minha vida a objetivação, percepção de valores relativos, tolerância à frustração, socialização de respostas, aceitação de responsabilidades e cada vez mais uma maior maturidade social, emocional e intelectual.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Maturana

Ao ler artigos e textos referentes as pesquisas do chileno Humberto Maturana, chamou-me a atenção a parte que fala no amor. Para Maturana o amor é a emoção que fundamenta o social sendo que nem toda convivência é social.
Sem a aceitação do outro na convivência não há o social. Somos sobretudo animais dependentes do amor. É um fenômeno biológico cotidiano. É um fenômeno tão básico e cotidiano no humano que o negamos culturalmente para dar lugar a outras emoções. A criação de consciência de guerra pode ser um exemplo disso. Só se dá na negação do amor cedendo lugar à indiferença e ao cultivo da relação de rejeição e ódio que negam a diferença e permitem a destruição. Maturana diz que à medida que isso não se dá, a biologia do amor desfaz o inimigo.
Mas, existem relações que não estão fundadas no amor. Estas não são relações sociais.

"O amor é a emoção que constitui o domínio de condutas em que se dá a operacionalidade da aceitação do outro como legítimo outro na convivência, e é esse modo de convivência que conotamos quando falamos do social "(Maturana, 1998b, p. 23).

domingo, 14 de setembro de 2008

COMPETÊNCIAS DAS ESFERAS DE GOVERNO PARA COM A EDUCAÇÃO


A atividade do módulo 2 da interdisciplina Organização e Gestão da Educação me fez compreender como está a atual configuração do sistema de ensino no Brasil, sobretudo no que tange às políticas de organização e gestão, é fruto de uma série de mudanças que são conseqüências das alterações introduzidas, em 1988, por meio da promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, pelo Plano Nacional de Educação – PNE, Lei nº 10.172/2001, e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.
As leis são fundamentais à regulamentação do sistema educacional brasileiro no que se refere às políticas, aos programas, as ações e, sobretudo, ao financiamento das diferentes etapas da Educação Básica.
A LDB regulariza em âmbito nacional, a base comum do currículo, a carga horária e presença mínima em aulas e as formas de promoção de série, cabendo aos estados, municípios e até mesmo às escolas a normatização das peculiaridades regionais e locais, curriculares e de calendário, de promoção de série e a expedição da documentação escolar de cada aluno da educação básica.
O Plano Nacional de Educação estabelece metas decenais para todos os níveis e etapas da educação, apontando para que estados e municípios criem e estabeleçam planos semelhantes, compatíveis com as metas nacionais.
A constituição de 1988, ao reconhecer o papel da sociedade civil, validando vários processos de democracia participativa, ajudou principalmente a descentralização da educação brasileira.
As duas legislações, Constituição de 1988 e LDB 1996 tiveram um papel decisivo na descentralização da educação, ao diminuírem o papel do Governo Federal, atribuindo responsabilidades aos estados e municípios, sendo que ainda possui uma forte ação indutora e distributiva de recursos. O Governo Federal não interfere na autonomia dos municípios e estados, tendo em vista que é preciso um acordo entre eles para que aconteça o que está na LDB e ficando definido, no texto constitucional promulgado em 1988, que a União, os estados e os municípios devem organizar seus sistemas de ensino em regime de colaboração.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

ESCOLA DEMOCRÁTICA


A democratização na/da escola é um desafio que há muito vem se tentando alcançar, porém já é passada a hora de enfrentarmos este desafio com determinação, comprometimento e competência para que não seja desperdiçado um enorme tempo de lutas sem resultados. Para isso, torna-se necessária a construção de uma escola democrática, plural e com qualidade social.
Uma escola que contribua significativamente para a democratização social exige uma gestão democrática. Nesse sentido, a forma de escolha dos dirigentes, a organização dos Conselhos Escolares e de toda Comunidade Escolar para participar e fazer valer seus direitos e deveres, democraticamente discutidos e definidos, são os primeiros passos para que a escola venha cumprir sua função social, contribuindo efetivamente para afirmar os interesses coletivos e construir um país mais justo.
A gestão autoritária é uma prática que não cabe mais, pois não satisfaz as exigências de uma sociedade que se deseja igualitária e justa. A própria Constituição Federal de 1988, em seu artigo 205, prevê que a educação seja promovida e incentivada com a colaboração da sociedade e reafirma no artigo 206 a gestão democrática do ensino público, na forma da lei.
O processo de uma gestão democrática exige a participação dos diferentes segmentos da comunidade escolar nas decisões políticas de caráter pedagógico. Assim, o Plano Nacional de Educação, coloca como objetivo principal a criação de Conselhos nas escolas de ensino básico. Tais Conselhos são formados por representantes dos seguintes segmentos: pais, alunos, professores e funcionários, incluindo a direção.
O gestor deve proporcionar, no ambiente escolar, ações que viabilizem a participação de todos, de forma compartilhada, como também garantir a formação continuada de seus profissionais, contribuindo para a qualificação da prática pedagógica. Esse gestor é quem irá fazer o sucesso do aluno. Além disso, cabe a ele, juntamente com o Conselho Escolar, elaborar planos de ação para a aplicação dos recursos financeiros e fazer uso de meios para a comunicação entre todos.
Não devemos esquecer que as escolas são peças chaves para iniciar processos democráticos, começando no âmbito de suas relações internas, no trabalho educativo e logicamente na qualidade da gestão que possibilita este trabalho.